A perspectiva
da política por parte do eleitor é uma. E a do político é outra.
O eleitor constrói
suas convicções a partir dos discursos e propaganda do político. Dá até pra
falar em “discurso-propaganda”.
Assim como um
vendedor quer bater sua meta de vendas, o político quer bater sua meta de votos,
caso contrário, não se elegerá.
O candidato
quer votos e, para isso faz mais ou menos como faz um vendedor, ou seja, busca
persuadir o “eleitor-comprador” através de técnicas de discurso e propaganda.
Então como
posso saber se o que o meu candidato diz é verdade, ou mera propaganda?
Existe o
conceito de propaganda enganosa, no sentido de que se promete ou propaga uma
coisa e se entrega outra. Porém numa análise psicológica, toda propaganda induz
ao engano. Nenhuma propaganda vai direto ao ponto, nas entre linhas, todas
prometem que seu produto trará algum beneficio psicológico; felicidade, autoestima,
segurança etc. Mas na prática, não é bem assim.
O que
percebemos sobre política e políticos é o que nos mostram. Mas e o que não nos
mostram?
Como são os
bastidores? Como é atrás da embalagem bonita e sedutora? O que estão fazendo os
políticos quando não estão expostos ao publico?
Políticos são
os produtos a serem consumidos pelos eleitores. Serão estes condizentes com
suas embalagens?
Com este
texto, pretendo convidar o leitor a refletir sobre a complexidade do tema. Não
tenho respostas. Seria muita pretensão de minha parte.
Gostamos
muito das certezas, lutamos para nos convencer de que estamos certos no que
pensamos, por outro lado, ignoramos que o conhecimento de fato é produto das
perguntas. A dúvida antecede o saber.
É fácil perceber o que está no palco, mas não o
que está por detrás das cortinas.
Diego Gutierrez Rodriguez
CRP:06/75564